quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Que futuro?

                                                                                                                Faça clique na foto para ampliá-la


O futuro é sinistro para o conjunto de moradias tradicionais localizadas na orla da Gamboa, na cidade da Praia.
A acumulação de factores como o permanente tráfego na avenida & a poluição sonora daí decorrente, o intimidador avizinhamento de vários empreendimentos colossais, e o facto de ser uma zona muitíssimo cobiçada pelas imobiliárias resultarão indubitavelmente no seu fatídico desaparecimento.
Algumas vezes o futuro nos parece claro no horizonte...e não haverá nada que possa impedir esse ...futuro.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Acerca da orla marítima

Foto: Daniel Monteiro Junior

É facto que o nível do mar aumenta a cada dia que passa.
A maior parte dos especialistas no assunto acredita na previsão do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (PIMC), de que o mar deverá subir 1 metro até o fim deste século.
Mas o mar deverá continuar a subir depois dessa data, tal como indicam os estudos nessa área.
Cabe aos Arquitectos, ainda antes do início da fase de projecto, orientarem os clientes no sentido de aumentar a cota das construções localizadas em locais onde podem ocorrer problemas com o nível das águas.
Verdade seja dita, o melhor a se fazer é respeitar o limite da orla marítima, que é de 80 metros de afastamento da linha de quebra-mar.
Nos casos em que essa legislação por algum motivo não seja aplicada, deve-se adaptar o projecto a ser inserido nessa faixa, elevando a cota das fachadas que fiquem voltados para a orla marítima.
No caso da foto, no famoso Praia Shopping de Quebra-canela, a solução envolveria a elevação do nível da garagem do empreendimento, que se situa no subterrâneo. A elevação do muro de concreto que serve de base ao edifício, pelo menos na fachada mais criticamente afectada, em mais um andar, minimizaria o embate das ondas no edifício; embate este que certamente já começou a causar inúmeros prejuízos aos investidores.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Futuro colateral


Urbanismo visionário não deveria ser exclusivo das civilizações tecnologicamente mais avançadas, mas sim específica das menos desenvolvidas, que, embora desfrutando de menos comodidades, possuem muito mais sonhos de ascender daquela para outra realidade » uma realidade ecologicamente sustentável & mais eficiente.
A introdução de materiais inovadores, cidades construídas a partir de resíduos (plástico para a fenestração, compostos orgânicos para andaimes temporários, metais para as estruturas principais; maior eficiência relativamente ao conforto térmico & responsabilidade ambiental. Transporte inteligente, uso eficiente de recursos, geração energética, produção de alimentos e tratamento de resíduos. Essas mudanças ainda levariam 100 a 150 anos para materializarem-se nos países mais desenvolvidos.
Elevadores que transitam entre 10 andares não mais serão suficientes. Falo de 100 ou 200 andares, tanto no subsolo como acima dele. O urbanismo auto suficiente será uma realidade, porque seremos capazes de ocupar um terreno, extraindo os recursos naturais necessários sem poluir as áreas circundantes & o ar envolvente.
Não importa quando conseguiremos alcançar esse nível de desenvolvimento, mas sim que ele um dia indubitavelmente chegará.
O planeamento de raiz das cidades, projectando concomitantemente as redes de infraestruturas, transportes e de comunicação.
Será notória a facilidade de acesso, adaptação & integração do novo sistema quando forem necessários melhoramentos nas redes já preexistentes, sem constrangimentos tipo "esburacar todo o piso da cidade". O sistema de redes de telecomunicações terão um papel fundamental nesse novo processo de desenho das metrópoles. Mas desenvolveremos esse capítulo mais adiante. Obrigado pela sua visita.